A obesidade infantil é um problema crescente que atinge milhões de crianças em
todo o mundo. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2024, a projeção é que, em
11 anos, a obesidade infantil acometa 20 milhões de crianças. No Brasil, é estimado
que, até 2035, 50% das crianças e dos adolescentes entre 5 e 19 anos tenham obesidade ou sobrepeso. Esses números destacam a urgência de abordar essa
questão com seriedade e ações eficazes.
A obesidade infantil é uma questão de saúde pública com implicações sérias. Aqui
estão alguns dos principais motivos pelos quais devemos nos preocupar:
- Doenças crônicas – crianças obesas têm maior risco de desenvolver
diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardíacas precocemente;
- Problemas ortopédicos – o excesso de peso pode causar danos nas
articulações e nos ossos, levando a dores e dificuldades de movimento;
- Distúrbios do sono – a obesidade aumenta o risco de desenvolvimento da
apneia do sono, o que afeta a qualidade do sono e o crescimento;
- Impacto psicológico – baixa autoestima, ansiedade e depressão são mais
comuns em crianças que enfrentam a obesidade, o que pode prejudicar o
desempenho escolar e social delas;
- Persistência na vida adulta – a obesidade na infância tende a continuar na
vida adulta, o que eleva o risco de diversas doenças crônicas se instalarem
ao longo da vida.
A boa notícia é que a obesidade infantil pode ser prevenível e tratável com as
abordagens corretas. Aqui estão algumas estratégias que podem fazer a diferença:
1. Acompanhamento médico especializado
Consultas regulares com endocrinologistas pediátricos, nutricionistas e psicólogos
são essenciais para um tratamento eficaz. Esses profissionais podem criar planos
de cuidados personalizados que atendem às necessidades específicas de cada
criança.
2. Reeducação alimentar
Promover hábitos alimentares saudáveis é fundamental. Isso inclui educar as
famílias sobre a importância de uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras,
grãos integrais e proteínas magras, enquanto se limita a ingestão de alimentos
ultraprocessados e açúcares.
3. Atividade física regular
Incentivar a prática regular de exercícios físicos é crucial. Atividades como
brincadeiras ao ar livre, esportes e exercícios supervisionados ajudam a manter um
peso saudável e promovem o bem-estar geral.
4. Educação e suporte familiar
Envolver as famílias no processo é vital. Materiais educativos e grupos de apoio
podem ajudar os pais a criar um ambiente doméstico saudável e apoiar as crianças
na adoção de um estilo de vida mais ativo.
Esse é um desafio significativo, mas, com a atenção correta, é possível mudar esse
cenário.